“Vai onde eu to pondo o dedo!”
Os 2º estágios atualmente exploram o Jogo da Memória da Arie.
Objetivo: estimular a atenção aos detalhes dos elementos da tela (posição, cores, características)
“Como joga?” Iniciei a aula. “Achar a peça igual” Resumiu bem o Pablo, do 2B – Bonilha. A emoção de achar o primeiro par de objetos no jogo da memória é muito forte. A frase “Olha, professor, achei!” é ouvida várias vezes nos laboratórios. Mas um momento da aula me chamou a atenção para outro assunto. Não sei se já comentei, as crianças do 2º e 3º sentam em duplas. A interação entre eles normalmente é amigável, tranquila, respeitosa. Estas são algumas frases que já ouvi que provam isso:
“Como você é burro!”
“Professor, tira ele que ele não sabe!”
“Daqui o mouse que você não sabe fazer!”
“Professor, ele demora muito!”
Vocês realmente acharam que é tudo pacífico? Pois é… Contudo é fundamental essa reflexão da criança em sua socialização, a questão do dividir, compartilhar. Aos poucos eles percebem que cada uma tem seu ritmo e no final outras aprendizagens importantes podem ser observadas nas relações: o respeito, a calma, a paciência, a tolerância.
Lembrei disso pois aconteceu com o Caique, 2B – Bonilha. Quando seu colega não estava conseguindo achar os objetos no jogo da memória ele utilizou algumas dessas frases acima. Conversei com ele e pedi para tentar ajudar seu amigo.
“Aqui tem um foguete! Vai onde eu to pondo o dedo!” Esse é o Caique mostrando a importância das duplas. Algo que muitos colegas sempre fazem na aula.
Os únicos que sofreram foram os monitores. Todo momento algum dedo aparecia desesperado para mostrar ao colega onde clicar.